Apenas o corpo envelhece

Vem dos pássaros a sinfonia

Uma doce e suave melodia

Da mãe natureza em sintonia,

O vento livre vem soprando

As folhas caídas pelo chão,

É o cinza do outono chegando

Despedindo-se do calor do verão.

No horizonte vem surgindo a quietude

Deposto do grito altivo da juventude

Qual o brilho do verão nos ilude,

Apaga-se aos poucos a vida luzidia

De um olhar outrora vivaz,

Que abria o caminho para a alegria

A passos largos com sua força audaz.

Não mais exala seu perfume

A flor que lá distante no cume

Encolhida posição hora assume,

Já não tem forças sua raiz

Para alimentar suas nuances,

Não pode mais ser matriz

Nem enfeitar outros romances.

Lembrar minha mocidade não me cansa

Tinha ímpeto, força e tanta confiança

Na liberdade verde da esperança,

Hoje vivo dentro de um corpo frágil

E que não impele-me desejar a morte,

Pois o tempo envelheceu meu corpo ágil

Mas o meu espírito está cada dia mais forte

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 19/07/2009
Código do texto: T1707752
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