Tiro o Laço e Ponho a Corda

Tiro o laço,

ponho a corda,

faço a fita sem cor,

mas neste jardim

pra colher um beijo

é faina de gigante,

ou de bravo conquistador.

Por isso ficava angustiado,

minha cabeça girava igual zona,

toda hora era aquela premência e

ansiedade,

pois ela era mulher

durona.

Era considerada, nas conversas

de sexo,

a mais rígida e anversa!

Um dia parti o laço,

e corri de sua sombra afainada,

e procurei uma mãe-de-santo,

e ela aconselhou: para seu

caso ela tem que sentar em dois

ovos quentes e dar um grito,

que ela ficaria, a partir dai,

mansinha...bem mansinha...

Fiz o que fiz: levei pro encontro

dois ovos fresquinhos e quentes,

quando ela bobeu pus os ovos

debaixo de sua saia.

Aquilo estalou, ela gritou,

igual a um animal parindo,

que chamou a atenção

de todo mundo da casa.

Zebrou!

Veio o irmão dela,impoluto,

e acertou direto,com o pé,

meus simples e queridos ovos.

Eu também gritei de dor.

E ficamos nós dois gritando

igual aos avantes.

Agonia dos passionais!

Moral da história: fiquei sem

a mulher, a mulher nunca mais

quis saber de mim,

de qualquer espécie

de ovos e, eu, quase aleijado.

Tudo...tudo...por por puro amor

e por acreditar no sobrenatural

José Kappel
Enviado por José Kappel em 07/06/2006
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