Fresta (2)
Angélica T. Almstadter
Vejo entreaberta uma fresta
Um par de olhares tristes
E com os olhos marejados pela vida
Olho a imensidão à minha volta
A vida me sufoca
Nem pela fresta mais, vejo ilusões
Estiro os braços ao longo do corpo
Cansei de ter só uma nesga
Apago as chamas e enlouqueço
Recolho minhas canções
E mergulho no abismo de mim
Sem querer nada encontrar