Estrela Solitária

Ah! Mane...

Artista que nem Pelé.

Quem não viu,

Há de se contentar

Com a memória.

Acreditar na

Realidade de outrora.

Uma lenda urbana,

Um conto de fadas,

Nos sonhos dos meninos dos morros,

Das palafitas...Das periferias sem fim.

Um menino do interior,

Analfabeto que fazendo versos

Com a bola encantou o mundo

E deu outra versão a história.

Um rei, que escreveu sua vida,

Com a alegria do povo e

Com as tristezas do novo.

Ofuscando com suas mãos,

O brilho caliçando pelo destino.

Sem tino, aos poucos no vício se perdeu;

Se esqueçeu.

Se o pássaro acordou, o tempo implacável,

Não deu guarida ao corpo.

E tudo se foi.

O anjo demônio foi vencido.

Como nasceu morreu.

No entanto, não se poderá nunca apagar,

A escrita, do que ele foi.

Um divisor no tempo.

Antes dele não se conhecia a estrela;

Não se conhecia com maestria

O drible e o gol.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 24/07/2009
Reeditado em 28/07/2009
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