Caminhando lado a lado com as dores do mundo

São caminhos perfurantes de amargura,

todos eles reflexos de ternura,

misturados com a temperatura

quente ou morna da saudade pura...

Pedaços de incógnita adoecida

que tentou fazer da vida

momentos de paz compadecida,

mergulhos atrozes na ferida...

Falam da vida e contam da morte

todas as cenas sem um corte...

Como se faz, quando se perde o norte,

Quanto se chora a perdida sorte.

São momentos que vivem convertidos

em nossos cotidianos atrevidos,

querendo das palhas fogos acendidos,

querendo do amor instantes vividos...

Projetam-se, então, em Deus

as esperanças dos sonhos seus,

criando nas mentes dos ateus

certezas grandes como pigmeus.

Viaja-se na lembrança do passado,

Chora-se pelo instante inacabado,

Abraça-se com a dor de um coitado

e vai-se como simples flagelado.

Às 10:49 hs do dia 27/07/2009

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 27/07/2009
Reeditado em 05/04/2010
Código do texto: T1721545
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