"Dinossauro de Gravata" = Poesia de Constatação=

*Veja, ilustre passageiro

Que belo tipo faceiro

Tem o senhor ao seu lado

E , no entanto, acredite

Vive sempre sem dinheiro

Está sempre endividado

Tem uma bela aparência

Usa bom terno e gravata

Mas perde à toa a paciência

Porque leva uma vida chata

Perde horas em condução

Atravessando esta cidade

Tantas horas de locomoção

Diminuem-lhe a capacidade

É bem razoável seu salário

Mas sem sobra no fim do mês

Nada faz de extraordinário

Fica tudo para uma outra vez

Note, ilustre passageiro

Que tudo ele poderia mudar

Sendo um pouco aventureiro

E um tanto quanto se arriscar

Mas de medo ele fica morto

O que é comum a muita gente

De sair de sua zona de conforto

Fazendo algo bem diferente

As mudanças ele não percebeu

A tecnologia não valorizou

Nada mais é como conheceu

Toda nossa vida se modificou

Network lhe causa até suadeira

A informática é sua inimiga

Computador é para brincadeira

Melhor é viver à moda antiga

“Melhor pingar do que faltar”

“É pouco, mas vem no dia certo”

Frases usadas para justificar

A vida do medroso “esperto”

As oportunidades deixa passar

E nem toma conhecimento

O gostoso é da vida reclamar

Transmitir sempre aborrecimento

Mas se o ilustre passageiro

Do belo tipo faceiro é diferente

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* O início dessa poesia é um plágio confesso da famosa

propaganda que existia nos bondes de meus tempos de

menino. Mas só as quatro primeiras linhas.

Fernando Brandi
Enviado por Fernando Brandi em 30/07/2009
Código do texto: T1728190
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