Acreditando ainda no amor!
Eu vou caminhando
no mundo passageiro
da tristeza, da mágoa,
da dor sofrida;
pedaços de mim
espalhados pela chuva,
ensanguentados, mutilados,
arrasados, sem fragância de um amor...
Eu que pensei que a poesia
transformasse em alegria
os meus sonhos eternais...
Jamais encontrei dela um pedacinho,
que falasse bem baixinho,
"eu te amo, meu amor..."
Eu que deixei a trilha fria,
na neblina da esquina,
onde patinava o amor...
Vivi acreditando no assento
de um poema que rastreia
a milicia dos arcanjos...
São anjos complacentes e amigos,
que não puderam se esconder,
deixando-me aqui abandonada...
Sofrida, como a flor que foi colhida,
eu vislumbro nas estrelas
o meu sonho que se foi...
Padece em minha alma e caminha
com a sensação de que a alma vai gritar...
Esqueci de pedir a poesia
prá dizer prá todo mundo
que não foi minha companhia,
porque se disser ela até chora,
pois pedi e ela implora
que eu não fale mais de amor!
Às 15.24 do dia 01/08/2009