Você

Tua falta 13/12/2004

Porque não vieste hoje a labuta

Sinto tanta falta quando ausente

Não me dás o prazer da disputa

E motivos para ainda ser crente

Quando versos teu ouvido escuta

Tenho a impressão que sou gente

Portanto minha Diva não discuta

Nem duvide de um amor inocente.

Mas amanhã cedo quando de novo

O cálice do teu semblante num sorvo

De um trago só, sem engasgo eu beber.

Passarei o resto do dia embriagado

Bêbado, ébrio, doido, abobalhado

Possuindo o que nunca haverei de ter.

Meu Neto. 29/10/2004

Atílio é o favorito Latino

Boris um lutador eslavo

São dois nomes de menino

Que não é o teu, querido cravo.

Elias é do Senhor escravo

Não importa, podia ser Severino

Se Victor é um latino bravo.

Tu és um falcão peregrino.

Que venha cravo da primavera

Ou Rosa, querida flor da biosfera

Como senhora de todos os aromas

Não deves a ninguém favores

Resultado biológico de amores

Evidente como um axioma.

Você

Quero senti-la aqui dentro in-loco

Ditando para o mundo um poema

Que fale da forte luz ou do foco.

Que refrigeradamente me crema.

Esquema mui gratificante e lógico

Que destrói qualquer dúvida, dilema

Entre nós, eu você e nossos tópicos.

Que botaram som nesse cinema.

Esprema, declame rosas singelas.

Bravata vermelha, azuis e amarelas.

Declame-as para todo mundo ver.

Não ser, e falar com a pele vermelha

Cheia de faíscas ignição, centelhas.

Sinceramente, aqui pra nós, não é você.