No passar das horas...
No passar das horas,
esta agoniada alegria
faz-me acreditar
na morna poesia
que eterniza e mente,
acalenta os dias
e nos faz melhores
no rabiscar do amor...
No passar das horas
a flauta da despedida,
acena um murmúrio,
descompensado de dor...
Ouço o cantar das pedras,
solitárias, frias...
adivinhando na noite,
o desabrochar da flor.
No passar das horas
recupero-me da vigília
e este "libertar-se"
para todo o sempre
me causa medo
e ao mesmo tempo
me devolve à fantasia...
Sou agora bem maior
do que esta página sem cor...
No passar das horas,
esta agoniada alegria
faz-me acreditar
na morna poesia
que eterniza e mente,
acalenta os dias
e nos faz melhores
no rabiscar do amor...
No passar das horas
a flauta da despedida,
acena um murmúrio,
descompensado de dor...
Ouço o cantar das pedras,
solitárias, frias...
adivinhando na noite,
o desabrochar da flor.
No passar das horas
recupero-me da vigília
e este "libertar-se"
para todo o sempre
me causa medo
e ao mesmo tempo
me devolve à fantasia...
Sou agora bem maior
do que esta página sem cor...