No passar das horas...



No passar das horas,
esta agoniada alegria
faz-me acreditar
na morna poesia
que eterniza e mente,
acalenta os dias
e nos faz melhores
no rabiscar do amor...

No passar das horas
a flauta da despedida,
acena um murmúrio,
descompensado de dor...
Ouço o cantar das pedras,
solitárias, frias...
adivinhando na noite,
o desabrochar da flor.

No passar das horas
recupero-me da vigília
e este "libertar-se"
para todo o sempre
me causa medo
e ao mesmo tempo
me devolve à fantasia...
Sou agora bem maior
do que esta página sem cor...
Angela Lara
Enviado por Angela Lara em 11/06/2006
Reeditado em 02/07/2010
Código do texto: T173691
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