Por uma brecha na janela
Feche a porta!
Não deixe a realidade entrar
Apague as luzes
Faça-a parar!
Eu não estou aqui
Estou lá...
No livro, no pensamento,
No meu caderno de poesias.
Preciso segurar todas as pautas
Senão elas caem da folha
E as palavras vão se misturar
Vai ser uma bagunça danada!
É por isso que eu não posso atender
Não sei meu nome, não tenho profissão
E nenhum problema espera a minha resolução.
Eu sou uma poeirinha, dessas que ficam voando no ar
E só é vista quando um raio de sol entra
Por uma brecha na janela.