Poeta do povo
Sou poeta do povo
Que eleva lentamente
Sentimentos universais
Sou poeta da mente
Que turva humildemente
Seus pensamentos boçais
Sou poeta do coração
Que macula calidamente
A inocência de seus carnavais
Que venha e junte-se a mim
Aquele que sempre sonhou
Aquele que nunca chorou
Aquele que sempre sorriu
Que venha e junte-se a mim
Aqueles que andam na rua
Aqueles que viajam a lua
Aqueles que não têm aonde ir
Embriaguem-se nos sentimentos
Deixando de lado as palavras,
Pobre mente incapacitada
Que julga essas últimas
O mais importante do poema.
Sou poeta do povo
E perco-me em alucinações
De desejos inalcançáveis
Desejando me perder
Em alucinações alcançáveis
E poder me alucinar
Em desejos perdidos....