MODELO NO PRECIPÍCIO

Pena leve, ou breve...

A que deve a vida dizer,

A que a pena serve,

Escrever as linhas do ser?

Pena pequena, ou grande...

A que carrega a linha da vida,

Se na vida esta linha se expande

Para um dia chegar à partida.

Longe, tão longe dos dias

E das loucuras escondidas,

Mentiras inocentes e euforias

Escritas a penas sentidas.

Sinto o trejeito do sonho

Na seda do travesseiro

Quando me deito tristonho

No meu ansiar derradeiro.

Como conciliar a loucura,

Se o bem mal vive e canta?

Como concluir a procura,

Se o mal sobrevive e espanta?

Qual o modelo bonito de enxergar

Diante do precipício do mundo,

Sem olhos d’alma e asas pra voar?

Alma espreita o sacrifício de tudo.

Se vale a pena viver, agora é agora...

Vida não espera, é um trem partindo...

Vamos botar as malas para fora

Enquanto as horas vão sumindo.

WalterBRios

sábado, 3 de junho de 2006

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 13/06/2006
Reeditado em 13/06/2006
Código do texto: T174691
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