Poema 0294 - Refém

Não quero só a liberdade de sonhar,

preciso dos toques, dos cheiros,

até de uma ou outra lágrima.

Quando é sol, viro refém da paixão;

então, se faz noite ao meio-dia,

sinto-me voar entre tempestades.

Desobedeci meu jeito de apaixonar,

busquei carinho e me perdi,

não aprendi e não vou implorar.

Nenhum coração tem um só amor,

muitos têm espaço para viver,

sem realizá-los, nada vai além de sonhos...

Noite passada abri a janela,

não vi nenhum estrela por perto,

esperei a madrugada... apenas nuvens...

Quando voltar a desejar,

não tentarei ficar só com meus sonhos,

quero sempre ser refém de alguma paixão!

22/05/2005

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 17/05/2005
Código do texto: T17491
Classificação de conteúdo: seguro