Impoluto Ser

Ó belas veias

Desse assimétrico coração,

Digas em tons aprazíveis,

Os mais belos verbetes,

Traga consigo de toda a balbúrdia,

A vasilha;

A madrugada sangrará

Por noites adentro,

Contudo, eu mudo!

Não peça permissão,

Atropele, velho irmão.

Ó velhas teias

Desta emaranhada confusão,

Recebas afáveis terríveis,

Os mais singelos lembretes,

Meça comigo vossa lamúria,

A lentilha;

A invernada saciar-se-á

Com foice e adendo,

Tudo, eu juro!

Não nessa prescrição,

Perfure micélio bobão.

Ó delas ceias

Deste outono em colchão,

Ternas, amáveis, incríveis,

Os mais sinuosos piquetes,

Enlace comigo esta luxúria,

A presilha;

A insípida apendoará

Com a força descendendo,

Fundo, com tudo!

Não na preparação,

Rasgue folhas, amante bufão.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/06/2006
Código do texto: T174927
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