Sombras De Meu Eu

Move-se dentro da lua

Ínfimos fios de envelhecida prata

A carregar ornatos de ouro anelados

Plenilúnios extensão de céu nas trilhas

Correntes infindáveis dobram

Coram disfarçam a imaginação

Tímidos nas mágicas mãos

Pedem absolvição junto às estrelas

As nuvens serenas mesclam

Notas aos cantos o pulsar

O farol que atraem distantes

Nos mares da solidão

Agonia saudades repentes

Que espreitam pela janela

Cores no sopro do tempo

No vôo das emoções

Solitária a noite vira apara

Nuas consteladas brilhos

Feitos pedacinhos de luz

Que carregam sombras de meu Eu.

Iara Pacini