Sônia

Permita-me dizer

Que você

À surdina,

Flor menina

Recostada nessa orquestra,

Entre as muralhas dessa festa,

Se não és a obra de arte,

Não poderá nunca ser menos do que se vê.

Descrita em verbos finos da noite,

Em versos de Alma própria,

Sob as luzes de Buenos Aires... Rio de Janeiro a Paris...

Há de deixar qualquer homem tentado

Ao querer ser feliz;

Tentado a querer-te ter nas mãos,

Mesmo perdendo o corpo e a cabeça,

Mesmo a principio envolvido de prazer.

Mesmo sem saber a direção encontrará em seu leito

A razão e o porque,

De não perder a vida

Para morte;

De se quer tentar desposar a solidão,

Antes de te conhecer.

Pois com toda a certeza,

Até o momento,

És a princesa desse paraíso azul.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 13/08/2009
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