Sônia
Permita-me dizer
Que você
À surdina,
Flor menina
Recostada nessa orquestra,
Entre as muralhas dessa festa,
Se não és a obra de arte,
Não poderá nunca ser menos do que se vê.
Descrita em verbos finos da noite,
Em versos de Alma própria,
Sob as luzes de Buenos Aires... Rio de Janeiro a Paris...
Há de deixar qualquer homem tentado
Ao querer ser feliz;
Tentado a querer-te ter nas mãos,
Mesmo perdendo o corpo e a cabeça,
Mesmo a principio envolvido de prazer.
Mesmo sem saber a direção encontrará em seu leito
A razão e o porque,
De não perder a vida
Para morte;
De se quer tentar desposar a solidão,
Antes de te conhecer.
Pois com toda a certeza,
Até o momento,
És a princesa desse paraíso azul.