Flor do Rio
Em tua face mulher,
Eis a fortaleza
Dia a dia se revela,
Entre as dores e o cansaço
Inspira a força
Pela liberdade, que vicejas
Em nossos anseios.
Não fora as inconsistências sociais;
Não fora, quem sabe o destino.
Eis a mãe...
Eis a guerreira,
Que ensina, que luta,
Que vive e sofre
Nesse tempo amargo;
Nessa vida louca...
Onde o sangue derramado é tão comum.
E a fome desapercebida,
Bandeira única da indiferença dessa mísera vida.
Nessas horas, seja como for,
Vejo-te flor agreste da estrada,
Entre as horas e o nada, a luz,
Esperança viva, que conduz filhos e filhas a outra realidade.
Quando a voz se levanta de Niterói e não cansa
Exala como o perfume das rosas urbanas,
Da mulher humana, como um norte entre prédios e catedrais.