Flor do Rio

Em tua face mulher,

Eis a fortaleza

Dia a dia se revela,

Entre as dores e o cansaço

Inspira a força

Pela liberdade, que vicejas

Em nossos anseios.

Não fora as inconsistências sociais;

Não fora, quem sabe o destino.

Eis a mãe...

Eis a guerreira,

Que ensina, que luta,

Que vive e sofre

Nesse tempo amargo;

Nessa vida louca...

Onde o sangue derramado é tão comum.

E a fome desapercebida,

Bandeira única da indiferença dessa mísera vida.

Nessas horas, seja como for,

Vejo-te flor agreste da estrada,

Entre as horas e o nada, a luz,

Esperança viva, que conduz filhos e filhas a outra realidade.

Quando a voz se levanta de Niterói e não cansa

Exala como o perfume das rosas urbanas,

Da mulher humana, como um norte entre prédios e catedrais.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 13/08/2009
Código do texto: T1752825
Classificação de conteúdo: seguro