Cismo...

Cismo...

Minha mente se liberta

das grilhetas do meu corpo

e de pronto se eleva,

buscando sem razão

o alvo desta paixão

que me inunda o coração.

Cismo...

E meu ser se empertiga

num afã de encontrar

a emoção da partilha,

evitando o abismo

que se abre nessa ilha

de profundas emoções .

Cismo...

Vogando nesse leito

de águas cristalinas

ou alvas de pureza,

qual almas que irradiam

brilhantes auras que aliam

sabedoria e beleza.

Cismo...

Com o sublime instante

em que te faço minha,

e, qual gentil amante,

te torno radiante,

o corpo de amor contente,

coração de ardor fremente.

Cismo...

Com a felicidade suprema,

o infinito momento

em que domino o vento...

em que a paisagem presente

no tempo se suspende,

congelando o firmamento.

Sintra, 18/01/2005

António CastelBranco
Enviado por António CastelBranco em 14/06/2006
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