A cruz e o Berrante
 
 
Foi... Ali naquele estradão
Naquela cruz fincada ao chão
Que larguei o meu berrante
Como também larguei a estrada
Nunca mais... Eu toquei boiada
Acabou-se o boiadeiro errante
 
Que hoje trás na alma a lembrança
Daquele corpinho de criança
Que, nos meus braços carreguei.
Até... A sua ultima morada
E ali ao pé da cruz no chão fincada
Uma lagrima... Eu chorei
 
Uma ultima prece... Eu parti
Então uma saudade no peito eu senti
Daquele menino de rosto trigueiro
Que naquela porteira veio me receber
E que sonhava um dia também ser
Como eu era... Um boiadeiro!
 
Da fazenda Ouro Fino... Esqueci.
Mas eu nunca me arrependi
De abrir o portão da mangueira
Onde estava o boi carrasco
Que vingou no chifre e no casco
A morte, do Menino da Porteira.
 
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Este poema foi inspirado na historia do filme
o “Menino da Porteira” é só um poema sem a pretensão
de ser comparada a canção tão famosa e tão cantada
por este Brasil a fora e que está no coração de todo poeta!  

 
Pelotas: 15 / 08 /2009
 
Volnei Rijo Braga
Enviado por Volnei Rijo Braga em 15/08/2009
Código do texto: T1755390
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