Dois poetas e o destino.

Círculos eram nove, vales três;

Um poeta conduz ao mundo turvo

Revelando pecados tão obscuros,

Um portal, quatro esferas, fossos dez.

Nos círculos concêntricos e fundos;

Habitados por entes condenados

Por um juiz corrompido pelo bem

Cobra revés do além, de tão profundo

A dor mostra no ódio rebelado

Que o pecado venial já cumpre pena

Que de volta em revolta, vê-se tudo;

Até quando o calor for congelado;

Ignora quando a fé se despe plena

E a pele veste a dor como um veludo.