DÚVIDA (2)

O pôr do sol a ofuscar os olhos,

Sob os pés a escaldante areia,

Ouço longe o bater das ondas,

Vejo de montanhas uma cadeia,

Tenho ao lado amiga e namorada.

Dedico carinho, sinceridade,

Tenho no retorno angústia,

O que recebo é falsidade.

Falo, mas falo aos ventos,

São palavras jogadas, não ditas,

Sinto que as escutas,

Percebo que não entendes.

Surge do vazio, a discussão,

De um momento de ternura,

Que se torna amargura,

O carinho dá lugar à briga.

Tudo se transforma, muda.

Eu, estático, parado, não sei

Se vou, ou volto,

Esta é minha dúvida,

Mas, voltar para onde,

Não tenho onde me firmar,

Minha esperança, és tu...

Tu que não assumes,

Que temes encarar a vida,

Olhar nos olhos, respirar, falar,

EU TE AMO!...

Ernesto Ehmke
Enviado por Ernesto Ehmke em 21/08/2009
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