DÚVIDA (2)
O pôr do sol a ofuscar os olhos,
Sob os pés a escaldante areia,
Ouço longe o bater das ondas,
Vejo de montanhas uma cadeia,
Tenho ao lado amiga e namorada.
Dedico carinho, sinceridade,
Tenho no retorno angústia,
O que recebo é falsidade.
Falo, mas falo aos ventos,
São palavras jogadas, não ditas,
Sinto que as escutas,
Percebo que não entendes.
Surge do vazio, a discussão,
De um momento de ternura,
Que se torna amargura,
O carinho dá lugar à briga.
Tudo se transforma, muda.
Eu, estático, parado, não sei
Se vou, ou volto,
Esta é minha dúvida,
Mas, voltar para onde,
Não tenho onde me firmar,
Minha esperança, és tu...
Tu que não assumes,
Que temes encarar a vida,
Olhar nos olhos, respirar, falar,
EU TE AMO!...