Onde andam

Onde anda o menino errante

Que ousou sonhar, falar

Ou apenas falar e sonhar?

E as esquinas meninas

Por demais arteiras, faceiras

E que se dobravam à direita,

à esquerda ou só cruzavam

o viver, os dias ou as noites?

Onde anda o menino falante

Que ousou errar, ser errante

E perseguir todos os sonhos?

E as meninas da esquina,

Sempre faceiras, arteiras

E que se davam à direita,

à esquerda ou só cruzavam

conosco e só viviam a noite?

Onde andam, onde andam....