Saio da Solidão

Saio da Solidão

Cúmplice de todos os sonhos

Parceira permanente do fascínio

Levei flores para a varanda

Levantei arrastei tapetes

Deixei o corpo dividido

Harmonizei-me feito vinho

Bom do néctar ao volume.

Insisti contei contos inteiros

Contemplei assim o crepúsculo

Da geometria plena daí

Diviso o horizonte da vida

Percebo não estar mais só

Agora tenho o sol

Que ilumina veste meu jardim.

Já recupero a esperança

As sombras de leve esvaem-se

Vem um mundo de belezas

Saio de minha saudade

Eterna companheira que castiga

Solidão se vai como folha solta

Em poemas pétalas inventadas.

Iára Pacini