Um astro que não é meu
Minha idade já não sofre espantos
Oferto alvores em meus cantos
O amor venceu,
E a vida não feneceu!
Trilhar a vida é um tropeço
A gente se ajusta ao preço
Plantar flores num jardim
É um modo de me esquecer de mim.
Meus ombros carregam o mundo
E um verde se reflete fundo
Pego um astro que não é meu.
Manipulo o tempo e o espaço
Num estertor ciclópico de cansaço
Estou de pé nada pereceu.
Vany Campos
Poa,19/05/1999