CREPÚSCULO

Começo e fim dos dias.

Penumbra que se rompe,

Luz emergindo ao novo dia.

Escuridão que ofusca o olhar,

Momento em que finda o dia.

Situação da humanidade,

É o temor dos homens,

O crepúsculo da decadência.

Com o novo dia noticias,

Sem razão motivo aparente,

Homens que se mutilam,

Fazem guerra, disparam tiros

Explodem bombas, se matam.

Assaltam, seqüestram, extorquem.

Passam fome, sede e morrem.

Finda o dia e anoitece.

E a humanidade caminha,

A um labirinto sem fim,

Temendo morrer e viver.

Assiste a tudo passiva,

Sem se mover ou comover,

Não percebe ser realidade,

Ou finge não perceber.

Então surge o dia...

Dia da decadência final,

De onde não há retorno,

Dia que será o último,

E a humanidade chora...

Chora de mãos atadas,

Já não é possível lutar...

Lutar pela paz,

Ou para poder viver.

Só há tempo de apreciar

O último crepúsculo,

E, morrer...

Ernesto Ehmke
Enviado por Ernesto Ehmke em 22/08/2009
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