“Bomba Desnuclear”
Sem começo, esta estrada da vida,
Também sem fim.
Todas as ostras já fizeram o mar.
Todas as aves já desenharam o ar.
Todas as cores já se fizeram de luz.
Um verbo vibra na boca. Todo o mistério já ruiu.
O que se acha são, gentes e corações perdidos.
Todos os livros se escreveram assim.
Se não há segredo nem resposta, porquê a inflexão
Da pergunta?
Não se acha mais que Nós. E os nós de uma corda invísivel,
Que só se sente nas noites desertas.
Talvez a bomba “desnuclear” responda.
É preciso inventá-la primeiro. Talvez um sentimento,Talvez um poeta.