Caminha sózinha, à beira-mar
Vislumbra um barco ao longe
Onde navegante é o amar
Por que o sonho se esconde?
Por que essa vontade de andar,
por essa praia deserta,
sem rumo, nem direção?
À beira-mar segue sua sina
Leva a saudade no coração
E aquele amor de menina
Que numa manhã doce
O oceano trouxe,
em suas águas salgadas
Ah, se a poesia fosse o tempo
Cessaria essa caminhada
Apenas por um momento
Para retratar o quadro mais lindo
Um anjo pisando a areia
Sob o manto azul, o mar indo e vindo
Trazendo o canto da sereia
À beira-mar o anjo se faz mulher
E entre pensamentos passeia
Por um atalho qualquer...



"O olhar se perde no horizonte, ao encontrar-se frente ao mar... Eis, aí a misteriosa fonte, que inspira o poeta sonhar..."