Poesia de Bolso 36 ( Oração dos Aflitos )

Poesia de Bolso 36 ( Oração dos Aflitos )

Senhora das águas,

Senhora dos ventos,

Que a tempestade que passa

Traga a bonança por dentro.

Não deixe que eu caia em desgraça

Não deixe que eu morra tão cedo,

A vida é tão boa cachaça

A morte é tão frio rochedo!

Aqueça minh’alma gelada

Afaste de mim todo o medo

Não deixe afogar-me nas mágoas

Não deixe que eu fique ao relento,

A vida é o espelho da graça

A morte é o quebranto do espelho!

Aponte o sentido da estrada

Que leva à aurora do tempo

Não deixe que eu vire fumaça

Não deixe que eu seja um cordeiro,

A vida não pede mordaça

A morte é filha do silêncio!

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 18/06/2006
Código do texto: T177766