Assobiando à beira da madrugada

Sou água de rio

Que arrasta significados incertos

Do íntimo desprezo figurado.

Alma adoecida

No sossego desiludido.

Invenção do medo

De se olhar em frente.

O abraço nu, sem direção!

Soberba persistência,

Constante natureza!

Fugidia a Cruz do Senhor!

Perigo irremediável o Demônio

Se consigo solitário!

Incertezas nos sentimentos serenos

Escondidos num blues da piedade

Ao furtar a brandura do olhar

Assobiando à beira da madrugada

Velhos instantes a se beijar

Desnorteados diante do sol nascente!

Valter Queiroz
Enviado por Valter Queiroz em 18/06/2006
Código do texto: T177894
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