Assobiando à beira da madrugada
Sou água de rio
Que arrasta significados incertos
Do íntimo desprezo figurado.
Alma adoecida
No sossego desiludido.
Invenção do medo
De se olhar em frente.
O abraço nu, sem direção!
Soberba persistência,
Constante natureza!
Fugidia a Cruz do Senhor!
Perigo irremediável o Demônio
Se consigo solitário!
Incertezas nos sentimentos serenos
Escondidos num blues da piedade
Ao furtar a brandura do olhar
Assobiando à beira da madrugada
Velhos instantes a se beijar
Desnorteados diante do sol nascente!