Janelas abertas

Eu via o sol que brilhava;

Os meninos que brincavam;

O vento que balançava cada árvore do meu quintal.;

Via as montanhas que me convidavam ao desafio.

Via passar nas ruas pessoas estranhas e conhecidas;

Eu via tristeza;

Via a legria;

Vidas que iam e voltavam não se sabe de onde.

Quantas vezes quis participar;

Ver era pouco para mim;

Quantas vezes quis ouvir;

Mas o silêncio habitava aqui dentro.

Muitas vezes chorei com vontade de brincar;

Solucei até dormir cansado pelo choro;

Muitas vezes entristeci;

Mas não deixei de sonhar.

Outras vezes não olhei, não queria chorar;

Outras vezes não quis escutar as brincadeiras alegres lá fora;

Mas todas as vezes sempre quis as janelas abertas;

Mas elas sempre fechadas, me fechavam em seu mundo.

Mas não fiquei refém das janelas que me separavam do mundo;

Um dia entendi que precisava abri-las;

Tomada a decisão fui ao seu encontro;

Ao abri-las, todos os sons, todas as cores, todos os sonhos, foram encontrados por mim tão perto, apesar de sempre imaginá-los tão longe.

Alessandro Claudio da Silva
Enviado por Alessandro Claudio da Silva em 30/08/2009
Reeditado em 30/08/2009
Código do texto: T1783170
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.