Saudade

Ai que saudade, nesse precipício,

com uma vertigem em palavra, dor.

Ai a perda, que é o nosso corpo ruindo na falésia do verbo.

A queda , as palavras que faltam. Como se pode fazer assim futuro,

nesta voz decepada?

Todas as pedras me assistem doendo memória.

Ai como eu quero abraçar todos e saber o que me falta.

Que se faça o altar, viverei assim de boca aberta.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 20/06/2006
Código do texto: T179251