Sobra do amor

Que Sol; deslumbrei numa aurora,

Num mês de agosto, quase primavera,

Foram anos passados, contados em horas,

Volúpias contidas, em urros de feras.

Conceito de amor, vontade sincera,

Fleuma do santo, que a outro adora,

Puídas frases, fundadas em quimeras,

Futuro de ontem e presente de agora.

Promessas ditas, rios em cascatas,

Lufadas de ventos nas copas das matas,

Na boca da noite um rodamoinho criou.

Deixando as árvores secas, desfolhadas,

Terra sem vida, simplesmente salgada,

Com o amargo que das promessas ficou.