CHAMA ARDENTE

Caminho sem destino, atônito,

Por vias, ruas, becos escuros.

Súbito, uma luz no caminho

Começa a brilhar,

Então, mais rápido vou

Em direção à luz,

Que está cada vez mais distante.

Meus olhos como por encanto,

Avistam um semblante

Não muito nítido

Então, me aproximo,

E todo meu corpo estremece,

Sinto uma chama ardente

Queimar minhas entranhas,

Pois é o seu semblante,

É você que está ali.

E meu corpo envolto no calor,

No ardor da chama ardente.

Quero pronunciar seu nome,

Mas não consigo.

Então, volto a caminhar

Por vias, ruas, becos escuros,

Com os olhos úmidos...

Úmidos, pois agora choro...

Choro, por não dizer...

Dizer, o quanto é grande...

Grande, o amor que sinto...

Sinto, por você...

Você de quem não posso...

Não posso pronunciar...

Pronunciar o nome.

Então!

Continuo a caminhar

Por vias, ruas, becos escuros,

Com o corpo ardendo

Pelo calor da invisível

Chama ardente deste amor...

Ernesto Ehmke
Enviado por Ernesto Ehmke em 05/09/2009
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