"SUPLÍCIOS DA ROTINA"

“Arraste-me ao paraíso

leve-me ao mar

lembranças da infância

passageiro do altar.

Refaço poemas

entristeço gerações

no meu mundo só há dilema

não é palco para ilusões.

Vencendo o cansaço

elevando meu suplício

nada é por acaso

tudo é injusto e com muito sacrifício.

Na madrugada, pesadelos me tiram o sono

quem sou eu?

Sussurre, grite, pois serei seu dono!

Mas permaneço incluso vendendo almas no fechar das cortinas

que absurdo, minha rotina é a carnificina.

Me ame, me abrace, me beije, me mate...

sentimento de cólera bate em meu peito

serias uma reação ao intenso desespero

loucura e abandono

sofrimento e delírio

quem está no meu encalço?

Qual será o meu martírio?

Perguntas e respostas são só jogos de palavras

onde a afirmação não define nenhuma dessas encruzilhadas”.

Diego César
Enviado por Diego César em 07/09/2009
Reeditado em 16/09/2009
Código do texto: T1797521
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