"SUPLÍCIOS DA ROTINA"
“Arraste-me ao paraíso
leve-me ao mar
lembranças da infância
passageiro do altar.
Refaço poemas
entristeço gerações
no meu mundo só há dilema
não é palco para ilusões.
Vencendo o cansaço
elevando meu suplício
nada é por acaso
tudo é injusto e com muito sacrifício.
Na madrugada, pesadelos me tiram o sono
quem sou eu?
Sussurre, grite, pois serei seu dono!
Mas permaneço incluso vendendo almas no fechar das cortinas
que absurdo, minha rotina é a carnificina.
Me ame, me abrace, me beije, me mate...
sentimento de cólera bate em meu peito
serias uma reação ao intenso desespero
loucura e abandono
sofrimento e delírio
quem está no meu encalço?
Qual será o meu martírio?
Perguntas e respostas são só jogos de palavras
onde a afirmação não define nenhuma dessas encruzilhadas”.