Aposto Meu Dezembro...
Quando a sombra daquela árvore ultrapassar a minha linha,
Serei eu mesmo em você...
Quando eu riscar o chão, com a mão ou com algo qualquer,
Não terei mais nada à dizer...
A areia é fina e afina a minha voz
Nesse momento tenho pensado em coisas obscuras
Absurdas... assim como todos nós...
Quando aquela folhinha cair de uma vez,
Estarei em um novo sonho...
A tempos a observo em seus movimentos ao vento,
Me parece desejar o descanso a que me proponho
Mas o vento não deixará de soprar
E muito menos eu de sonhar...
Poderia por segundos intervir
Seria apenas um ato, de fato não causaria mal algum
Mas deixarei que ela decida a hora certa a cair...
Quando o sol quiser visitar outras partes de meu mundo,
Serei completo em meu atos, amistoso em meu tato...
Algumas partes sinceras serão iluminadas,
Outras artes, quem dera serem compreendidas,
O claro e o escuro se confrontariam,
Mas mesmo aquelas que não visse
Nunca me esqueceriam...
Porque o todo faz parte de algo maior
E melhor que meu desejo de ser o universo
É não me tornar algo pior...
Quando aquela pequena pedra tocar a face do lago
Me lembrarei de algo ou alguém...
Nas notáveis ondas que ela causar em círculos perfeitos,
Mostradas serão as coisas das quais nunca viveria sem...
As ondas seriam as minhas telas,
Onde as figuras simplesmente se perderiam...
E apostaria meu dezembro,
Que você seria a primeira delas.