Solidão Merecida

.

Quem não abre o peito em passadiço

Para os outros ou seu próprio coração.

Vive nas areias de um poço movediço.

E assina um contrato com a solidão.

Carme do seu presente, um feitiço.

Sem amanhã sem nexo e sem razão

Não pensa em nada nem no outoniço.

Que um dia baterá em seu portão.

Ai olhará para traz tristonhamente

E que poderia ser feliz, mas omisso.

Lembrará de todos passados entes,

Pois nenhum assinou compromisso.