Diário Poético 12/01/05

Talvez hoje seja daqueles dias,

tecidos numa luz vã,

em que os seguem caminhos diversos

e se emprestam ao indefinido.

Talvez haja uma romã de gelo,

como cristal do desvelo, que ordene

que se façam as sombras translúcidas,

os verbos sólidos opacos

e se comece o fim.

Talvez não haja outro dia assim.

Precisamos inscrever esse poema

no nosso olhar mútuo,

talvez dizer sim.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 22/06/2006
Código do texto: T180459