Diário Poético 12/01/05
Talvez hoje seja daqueles dias,
tecidos numa luz vã,
em que os seguem caminhos diversos
e se emprestam ao indefinido.
Talvez haja uma romã de gelo,
como cristal do desvelo, que ordene
que se façam as sombras translúcidas,
os verbos sólidos opacos
e se comece o fim.
Talvez não haja outro dia assim.
Precisamos inscrever esse poema
no nosso olhar mútuo,
talvez dizer sim.