ÉBRIA É A VIDA
Ouvi um par de pernas trôpegas passarem
Fazendo eco desconexo no calçamento
Chutando latas vazias e enferrujadas de tormento
Assustando gatos boêmios em velhos armazéns
Ouvi as pernas cessarem o andejar e sua apreensão
E uma voz se revelando em um grito de dor
- Eu sou a vida sem nenhum pudor!
O espírito ébrio dos que se dizem sãos!