Sinal de Vida

SINAL DE VIDA

Naquela água que corria manso,

Na suavidade do seu leito,

Na exuberância de sua forma,

Fazia-me sonhar, movido pela emoção,

E na magia do pensamento,

Transportava-me para um recanto de paz,

Onde o amor não precisava de justificativas,

Era expresso em movimentos e formas,

As flores, os arbustos,

Os pingos das folhas da última chuva,

A força do amanhecer com a paz da noite,

Fazia acordar em harmonia,

Todos os viventes presentes,

Os animais, os pássaros, um após outro,

O primeiro, acordado pelo raio de luz,

E depois todos pareciam esperar a sua vez,

Para acordar e cantar, como que em agradecimentos,

Enquanto ao fundo se ouvia, a brisa suave nos troncos,

Fazendo dueto com o riacho que batia nas pedras,

Um após outro dava as boas vindas ao sol,

Que soberano como sempre,

Vinha do horizonte como que espiando,

Atrás dos montes e pelas frestas da floresta,

Ia entrando devagar e iluminando a festa,

Era o dia em toda a sua plenitude,

Com todos que ali viviam.

O Poeta da Solidão

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 13/09/2009
Código do texto: T1807180
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