ENTRE ESTAÇÕES 

Desde o inverno ao verão
Passando pelas as outras duas
É tempo que se contrapõe
A vastidão de um olhar.

Seja como for a chuva
Eis que se insurge ao medo
Desse singelo azul do céu
Fazendo a flor brotar.

Cantigas de passar o tempo
Esquecendo-se do frio
Surge a versão da noite
Num poema ao calor da chama.

São corpos unidos em carinhos
Letras escondidas no passado
Uma união que se afina
O inverno como fiel da trama.

Entre o preto e o branco, o segredo
Entre o calor e frio, a mistura
O outono crescendo no outro lado da janela.

Mas entre todos, há flores que virão
Seja entre sonhos e promessas
Seja como for, a doce ilusão da primavera.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 23/06/2006
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