ALMA DE POETA....

Ah! Como eu queria

possuir a alma de um

velho poeta

em que a rudeza do tempo

não tivesse lhe

arrancado a criança!

Um velho poeta que,

através dos caminhos da terra,

respondesse com seu canto

ao apelo das coisas,

alegres e tranquilas,

ou dolorosas e atormentadas,

e cujos versos traduzissem,

na sua inocência desprevenida

e natural, o curso contraditório da vida.