Aldeia

Descia o monte e vislumbrava um vulto

De um ser minúsculo que ao longe me acenava

Extasiado como num transe me integrava

A paisagem de cristalina natureza...

Descia o monte e descobria a vida

Pulsando forte no coração da mata

Onde o mar, as aves, as cascatas

Orquestravam envolvente sinfonia

Contrastando com o abandono daquela gente...

Desci o monte e o menino calado

De olhar firme penetrante e triste

Pés descalços...subnutrido de futuro incerto

Era o retrato de sua própria tribo...

Cosme Belizário
Enviado por Cosme Belizário em 24/06/2006
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