VESTIDA DE MIM

Carmem Teresa Elias e de Magela

Estou vestida de mim.

 

Quero dizer que sinto infinitamente

A gratidão do seu amor.

Se tiver que agradecer com palavras...

Terei de contar dois momentos meus.

 

Um foi quando sai sozinha andando a esmo.

Indo a um supermercado para comprar qualquer coisa lá.

Peguei quinze pacotes de biscoitos e o volume incomodava na mão.

Foi quando ouvi aquela canção.

 

Tocava Gonzaguinha...

Quis saber de onde vinha o som.

Fui até a seção de DVD. Ai que arrepio!

 Além de escutar pude (re) entender:

“... o que não dá mais pra segurar, explode coração”

 

Havia esquecido, de como gostava dele.

Tanto que, costumava chamá-lo “O meu poeta!”

Quando mergulhada na meditação

encontrava as respostas na sua canção.

 

O segundo é mais que um segredo: Eu toco piano!

 Sou amadora para esta inspiração...

Mas aquela comoção me fez tocar Debussy:

“Claire de Lune”.

 

Momento inusitado é este da intervenção!

Quando o tempo brinca comigo e a vida me diz: não!

 Não quero que ligue para as palavras que estou lhe segredando...

Mas, estou te mostrando que estou apenas vestida de mim.

 

De Magela e Elias

 

Carmem Teresa Elias e De Magela
Enviado por Carmem Teresa Elias em 20/09/2009
Reeditado em 26/09/2012
Código do texto: T1820658
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