Amor face a face.

Ecoa em meu peito àquelas horas

Que tardias nasceram emolduradas

Trazendo alegria aos atos em nossos abraços,

Perdidos nos corpos acariciados.

Suaves verdades a meia luz natural

Do seu rosto a contorcer de prazer

O que arfava em meus olhos

Em frases que eu não dizia.

Sinais em gozo mãos alinhadas

As sinuosas vontades de alcançar

A eternidade em um segundo

Para justificar tamanha explosão.

Paixão inocente - entrega livre,

Vento de silêncios dentro do vulcão

Que derramava vida no edredom.

Inusitada troca em sereno estremecer

A encharcar a pele de saliva

E provocar caminhos da imaginação

Aonde reside o romance que insinua

O que procuram dois corpos

Libertos no santo segundo

Em que o amor

Veste de magia

A doçura

De contemplar-se.

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 20/05/2005
Código do texto: T18238