FANTASMAS INCOMPETENTES

Meus fantasmas são incompetentes,

Derramam no céu uma lua disforme

De um prata enferrujado.

Esfera que nem me assombra nem me alumbra.

Escorre a tinta dos pinceis e em todos pinga

O alvo sou eu... eu! Digo.

E rio até não poder mais...

E riem as máscaras felizes

E as mentes guardadas em muros.

Olhando por cima do muro e vejo a festa pronta

E carros alegóricos ressuscitados,

Sem sair do lugar. Faltou energia!

(Alguém avisa)

Tudo está no espaço

E inalcançável é a palavra,

Muito menos o sentido.

Este, deu "adeus" e seguiu os espectros

Com a mesma preguiça e incompetência.

Mas, falo de mim e dos meus fantasmas...