ESCURIDÃO
Flutuou em vão nesta morimbunda escuridão
Donde o dissabor se faz insistente deslumbre,
Me machucando com sua vagabunda lentidão
Como se eu fosse apenas e meramente a dor;
A balança do tempo me observa me espiando,
Imóvel, serena, esperando a carícia do vento
Que não tera tréguas para o ultimo julgamento,
Sua presença urgente nesta vã ultima ausência;
Uma ultima lágrima no vazio da silente eternidade
Antes do corpo falecer e a alma seguir seu norte,
Longe da triste saudade por esta vida destemida
Que neste dia, viu-se desaparecer na fria morte.
Salomé