sabe-se dos dias
sabe-se dos dias,
das mulheres brancas e pretas em baton, daquilo que começa e nunca acaba,
das dores, do epiteto da memória,
das mãos nas pernas, dos pássaros livres.
sabe-se da recta e da semirecta, da paralela aberta.
Do gene cruzado, da roldana, do que faz mover a água.
sabe-se infinitamente de tudo.
do nada, quase nada.
nada da morte e do que não é.
Para os homens,disso, só o abismo de um verbo vazio,
sabe-se dos dias... do irremediável que é o sol esplêndido da manhã