Come essa borboleta

come essa borboleta que voa,

que arrasta o ar que te falta,

vê o prado de alma que se estende à tua frente,

surripia a matinal cotovia

e presta o juramento ao sol,

que ainda és sangue jovem, erva que cresce sem razão,

imponderável vida, fruto ou futuro

raíz aeróbica que tece fractais infinitos.

o rio alimenta o vale, a montanha sorri, altiva

todo o voo na borboleta írica no campo

é a tua existência em cristal,

o teu corpo alado promete o prazer inefável,

mergulha sem dor

a idade não conta,

ganharás o vento

e o vento não se repete , não presta matéria

e não tece memória

come essa borboleta!

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 27/06/2006
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