Come essa borboleta
come essa borboleta que voa,
que arrasta o ar que te falta,
vê o prado de alma que se estende à tua frente,
surripia a matinal cotovia
e presta o juramento ao sol,
que ainda és sangue jovem, erva que cresce sem razão,
imponderável vida, fruto ou futuro
raíz aeróbica que tece fractais infinitos.
o rio alimenta o vale, a montanha sorri, altiva
todo o voo na borboleta írica no campo
é a tua existência em cristal,
o teu corpo alado promete o prazer inefável,
mergulha sem dor
a idade não conta,
ganharás o vento
e o vento não se repete , não presta matéria
e não tece memória
come essa borboleta!