Mistérios Profundos
Na quietude da tarde que declina
Apenas a cadência das ondas interrompe
O silêncio.
Também eu, imovél e hipnotizada
Frente ao mar, sigo estática,
fascinada
Perdida em meus pensamentos.
Mas se na superfície
Tudo é paz e bonança
Quem saberá o que esconde a trama
Das águas ao fundo...
Pois bem pode a tranquilidade
Ocultar revoltas tempestades
No mar profundo.
E enquanto me acaricia a brisa suave
Penso em quanta semelhança há na imagem
Do misterioso mar e o coração humano
Em alguns momentos...
Pois quantas vezes, demostramos calma
E um sorriso em face, quando n’alma
Turbilham tempestuosos sentimentos.