OMOLU

Chove tanta natureza no candomblé

Da terra nasce a forte semente

que estourada banha o ex-doente

dança os pés de uma mulher.

E são homens, e são mulheres,

Juntas, juntos, andando, a procissar!

e debaixo da árvore tão velha

quanto os filhos de Omolu, descansam...

Por sombra entende-se o divino

pois que é o conforto da natureza...

Por luz que se rasga e a pele

e embeleza, também se é natureza.

Observa seu filho, velho de alma

Sério, uma repentina alegria, calma...

Meus irmãos, silêncio, acalm’a voz!

que nosso pai, aqui, já anda entre nós